... "And now for something completely different" Monty Python

Thursday, April 3, 2025

Roubo de identidade 3 - Aviso à navegação

Lembram-se da usurpação da minha identidade, esse crime cibernético do qual dei nota aqui em 2022?  

Pois é. O meu telefone voltou a ser hackeado em 2024, desta vez através de uma tecnologia chamada stealers log (ou info log), que basicamente permite aceder a tudo o que temos no dispositivo. 

É uma curiosa coincidência já ter tido 3 usurpações de identidade pós-Covid, porém registo o facto. Sim, 3, de uma delas não falei aqui, porém reportei-a às autoridades, pois o caso era grave. 

Desta vez a pessoa usa múltiplas identidades e um VPN dos Estados Unidos (nem por segundo as autoridades acreditam que esteja nos EUA e eu também não... Preguiça desta malta!)

Enfim, só me apercebi um ano depois. 

A pessoa que o fez teve acesso total: todas as nossas passwords, os nossos emails (os meus e os do meu filho), fotos e vídeos pessoais, arquivos no Google Drive e Google Photos… tudo. Durante quase um ano inteiro. Não tenho dinheiro que interesse a ninguém (quem me dera! ha ha ha)

Perdi registos preciosos da nossa vida. Parte dos nossos arquivos no Google desapareceram, incluindo coisas aparentemente inofensivas — como uma lista com o conteúdo dos móveis da casa em Lisboa. Só percebi o furto quando precisei dessa lista (lista essa cuja utilidade até hoje não entendo para que possa servir a alguém). Eu e o meu amigo Geoffrey não encontrávamos nem os emails trocados nem a lista arquivada. Desapareceram.

Foi aí que percebi que algo estava mesmo errado, quando notámos que me tinham desaparecido emails, sendo que o meu amigo também não os encontrava na sua caixa, e ambos nos recordávamos tanto da lista como das nossas conversas. Até a nossa conversação no Google Chat estava cortada em partes. 

Entrei "em parafuso" e levei o computador e o telefone (que mantenho conectados) a quem pudesse ajudar a perceber o que se estava a passar. Explicação encontrada, já me começou a fazer sentido que muitos dos meus emails não fossem recepcionados. 

Por outro lado, houve quem tivesse relatado ter recebido emails enviados por mim que eu nunca escrevi, com conteúdos sui generis, alguns absurdos, outros apenas para gerar confusão, mas nenhum do meu estilo. As minhas desculpas aos visados. 

Assumo a responsabilidade de, a dado momento, ter clicado num link, enfim, o costume das asneiras que se fazem quando se está confinado, doente, prestes a entrar nos braços de Morfeu, e outras situações similares. 

Lá degenerou noutro roubo de identidade! 

Têm-se somado questões de roubo de identidade, com indícios de que foram criadas contas falsas em meu nome, entre outras manipulações que não vale a pena detalhar aqui. 

Isto é que tem sido o meu vírus pessoal, ou antes, direi o meu parasita! 

Com tudo isto, constrói-se um caso à volta de fantasias, e sinto-me presa na rede, mas não é na rede da internet, é na teia de alguma aranha negra. 

Imaginem se eu fosse uma figura pública! Mas pelos vistos… sou importante para alguém.

Resta saber porquê! Se bem que não é difícil adivinhar. O controlo coercivo tem muitas formas e aspectos, e não há dúvida que a internet também se apresenta como um campo frutífero para que ele germine. 

Mas está tudo bem, porque a Polícia da minha zona já conhece a minha história de trás para a frente e da frente para trás. Mais uns pozinhos, relativos à internet e a mais gente, digamos que "complexa",  não os surpreendem. Apenas adicionam à trama. 

Aliás, traduzo algo interessante: "Não é preciso pensar que lidamos com psicopatas. Há muita gente, supostamente "comum", que faz tudo neste mundo por dinheiro ou por sexo." 

Algo difícil de aceitar para sonhadores como eu. Le monde est dur pour les rêveurs... Já dizia a Amélie Poulain! 

Moral da história? Quem quiser mesmo contactar comigo, tem de me ligar por vídeo e exigir ver-me em tempo real. Nada de vídeos pré-gravados, nada de chamadas de voz, nada de emails. Tudo isso pode ser falsificado.

Mas o mais seguro é mesmo fazerem como antigamente: venham visitar-me. Ao vivo, para tomarmos café, ver filmes, passear, dançar, e todas essas coisas. 
É o mais seguro. :)

Como eu sempre disse: a internet é útil, mas é uma bosta. Desculpem o palavrão.